A imagem que nos marca
Nascida em 1970 com a missão de salvaguardar os interesses turísticos de todos os concelhos do distrito de Faro, a Região de Turismo do Algarve (RTA) tem-se dedicado à promoção, animação e informação turística daquele que é hoje o maior destino de férias de Portugal.
Nos materiais de comunicação mais antigos da entidade, o primeiro elemento identitário utilizado foi a típica chaminé algarvia, a preto e branco.

Esta versão a preto e branco com contornos em forma retangular foi usada até aos anos 1990 em diversos materiais, tais como cartazes, folhetos, brochuras, etc.
Nos anos 1990, este elemento foi substituído pela versão a cores com um arco-íris atrás da chaminé, o que adicionou cor e movimento à marca. Esta versão a cores foi criada/adaptada pelo Estúdio Jorge Timóteo.

Em 1999, a RTA concebeu um programa de grandes eventos culturais e desportivos, de nível mundial, para assinalar o início do novo milénio. Este programa foi financiado maioritariamente pelo Programa Especial de Dinamização da Atividade Turística (PEDAT) e foi denominado Programa “Millenium Algarve”, cujo logótipo, pela sua inovação e criação, significou uma mudança de atitude na comunicação do destino turístico.
Neste âmbito, a RTA contratou o atelier Ricardo Mealha, empresa de referência nacional na área do design de comunicação, para a conceção da imagem gráfica do Programa “Millenium Algarve” e para a realização de um estudo de imagem da RTA.

Desse estudo surgiu a nova identidade visual do Turismo do Algarve, mantendo a ligação à internacionalmente conhecida imagem gráfica deste destino (através do lettering e da sua cor azul) e estabelecendo uma estreita ligação com a simbologia das inovadoras bolas coloridas concebidas para a imagem do Programa “Millenium Algarve”.

Assim, o turismo algarvio passou a adotar um novo símbolo cuja imagem recaiu sobre os tradicionais elementos que melhor identificam e diferenciam a região – a flor da amendoeira e o Sol –, simples e fáceis de memorizar.
Esta mudança foi considerada radical por muitos, uma vez que abandonou por completo a simbologia da chaminé algarvia que durante cerca de 30 anos se mantivera, sofrendo apenas pequenas alterações.
O novo logótipo assumiu ainda uma assinatura denominada “todo o ano / all year round” cujo principal objetivo foi mostrar que o Algarve é um local para ser visitado durante todo o ano, contrariando assim os efeitos negativos que a sazonalidade da atividade turística implementava nesta região.

Inicialmente o logótipo acima apresentado assumiu ainda a função de “Marca Algarve”, que acabou por ser alterada no final de 2004, altura em que Portugal (considerado um destino turístico consolidado no contexto mundial e, principalmente, na União Europeia) assumiu um novo Sistema de Identidade e Comunicação para o Turismo Português.
Com este novo Sistema de Identidade pretendia-se criar:
- Uma nova orientação estratégica de posicionamento de Portugal no mundo – “Portugal é o país dos oceanos”;
- Uma nova identidade – “Portugal Profundamente” ou “Portugal – Live Deeper”
Nesta altura, Portugal assumiu ainda um novo modelo promocional através da criação das Agências Regionais de Promoção Turística (ARPT). A promoção dos destinos pressupunha a existência de uma parceria promocional entre as Regiões de Turismo (responsáveis pela promoção, animação e informação turística internas) e as ARPT (responsáveis pela promoção da região nos países estrangeiros).
No Algarve, este modelo pressupunha ainda o desenvolvimento de uma arquitetura e de uma expressão comunicacional que integrasse a “Marca Algarve” e as submarcas regionais, assim como a definição de regras gráficas para a literatura turística e demais suportes.
Tendo em conta estes pressupostos, a empresa Wolff Olins desenvolveu um estudo que apresentava como ideia central (brand idea) o conceito “re-energise”, ou seja, uma nova energia, onda, espírito ou caráter, que serviu de base ao estilo de comunicação da “Marca Algarve”, promovendo esta região como um destino turístico onde a energia renova o espírito.
Baseada neste estudo, a Wolff-Olins desenvolveu um novo elemento gráfico distintivo da região.

Este novo elemento baseia-se numa flor, que deriva da flor da amendoeira retirada da marca “turismo do algarve” que é aplicada em conjunto com as ondas utilizadas no Sistema de Identidade do Turismo Português.

Relativamente à “Marca Algarve”, a mesma baseou-se numa grelha elaborada pelo Turismo de Portugal, que com esta ação pretendeu unificar as marcas de todas as regiões do país, criando assim uma imagem consistente para o turismo em Portugal.
Os elementos gráficos deste novo logótipo, colocados e utilizados sempre lado a lado, são essencialmente três: o símbolo do “Turismo de Portugal” (elemento característico e diferenciador do destino turístico Portugal, utilizado há já alguns anos e reconhecido mundialmente), seguido de um mapa, com a área promocional em destaque, e da marca regional, neste caso o Algarve, conforme apresentado abaixo.

No início de 2007, a “Marca Algarve” voltou a sofrer alterações, que acompanharam as modificações da “Marca Portugal”. O anterior símbolo, com o mapa, transformou-se no seguinte logótipo:

Neste novo formato foram eliminados os mapas, que por terem sido utilizados durante três anos de forma sistemática já não foram considerados prioritários para a identificação da localização geográfica das marcas regionais. Esta opção de retirar os mapas permitiu ainda dar maior ênfase às marcas regionais, tornando o logótipo mais equilibrado e eficaz.
No ano 2020, a marca sofre uma nova evolução ao nível do lettering e da mensagem transmitida, de forma a ser facilmente identificável internacionalmente como destino turístico, pela substituição da palavra Turismo (em português) pela expressão “visit”. Esta alteração foi levada a cabo pelo Turismo de Portugal e foi replicada por todas as regiões de turismo do país de forma a manter a coerência na comunicação nacional e internacional.
